Já reparou que colocamos uma razão "óbvia, racional e ponderada" para tudo que fazemos? Já reparou que tantas e tantas coisas deixamos de realizar porque não encontramos um "motivo adequado" para fazermos tais coisas? Fugimos de determinadas situações porque acreditamos que "temos que ter uma razão plausível" para realizarmos nossas ações. Somos educados assim; somos criados e educados para sermos conscientes, ponderados, para agirmos com a razão, para pensarmos antes de realizar qualquer coisa em nossas vidas. Como se nossos desejos necessitassem de uma razão para qualquer coisa!
E quando nossos sentimentos nos assolam, quando nossos desejos nos sopram nos ouvidos e em todo corpo uma vontade urgente, um desejo inadiável, a preponderância total sobre nossas razões? Fazemos o que? Fazemos de conta que não é conosco? Pensamos em outras coisas mais "viáveis", mais ortodoxas? Esquecemos que essa sensação gostosa, mas ao mesmo tempo penetrante e inadiável nos lembra de quanto somos humanos e o quanto desejamos as coisas muito mais intensamente do que acreditamos plausíveis de realização?
Buscar seus desejos e atender aos sentimentos e emoções faz com que realizemos nosso objetivo principal: a felicidade, ser feliz, ser integral! Esconder-se dos desejos e das sensações como se essas fossem caminhos para o mal é transformar a intensidade humana, a globalidade do ser em momentos de razões, de causas, de motivos, de circunstâncias.
Olhe para seus desejos como se eles fossem (e são!) estradas para sua felicidade, caminhos para sua realização, afinal, a única pessoa a quem você dará satisfações até o último suspiro de seu corpo será você mesmo.